segunda-feira, 20 de julho de 2009

Michael Jackson

§ Já faz quase um mês que o rei do pop foi dessa pra uma melhor, mas só agora que vou escrever algo sobre o ocorrido aqui. Esse atraso na postagem talvez reflita o meu atraso para ter ciência dos acontecimentos: eu freqüentemente sou a última a saber das coisas!

§ No dia 25/06 eu estava em BsAs e durante a noite, quando estávamos no bar do hostel conversando e tocava incessantemente Michael Jackson, um dos meninos começou a zoar que o MJ tinha morrido, que só poderia ser por isso que estavam tocando tanto as suas músicas. Na hora eu achei mesmo que fosse uma brincadeira: tipo, quando um cantor morre, sempre escutamos as músicas dele, mesmo que sejam bregas, cafonas, péssimas ou do milhares de anos atrás. Por conta disso eu pensei que fosse apenas uma brincadeira.

§ Algumas horas depois, antes de sairmos, acessei a internet e descobri que ele tinha mesmo falecido. Eu não era uma grande fã, mas fiquei chocada. Mas aí foram tantos dias falando de MJ, vendo nos noticiários as informações sobre a vida e a morte de MJ, ouvindo em todas as rádios as músicas do MJ (se duvidar, até na MEC FM tocou alguma coisa dele, executada por alguma orquestra), enfim, MJ foi presença tão constante na mídia que de alguma forma ele se manteve vivo para todos nós. Eu até descobri que conhecia mais músicas do rei do pop do que imaginava...

§ O funeral foi um espetáculo. Juro que em um dado momento, durante uma das apresentações musicais, eu cheguei a pensar que o MJ sairia do caixão, começaria a dançar e a cantar com povo, e depois explicaria que tudo aquilo tinha sido uma jogada de marketing pro lançamento da sua nova turnê. Esse pensamento durou uns dez segundos, motivado por todo o circo montado. Mas tenho que admitir que me emocionei. E de qualquer maneira, seria muito "sem-graça" se ele tivesse um velório e enterro simples, discretos. Não combinaria com o status pop dele, não combinaria com essa sociedade de espetáculo que vivemos, com essa sociedade da informação que pode acompanhar guerras, desastres, passeatas, catástrofes e afins, ao vivo, em praticamente qualquer lugar do planeta. O funeral do MJ tinha mesmo que ter toda essa cobertura da mídia, que de certa forma, parece ter destruído a sua vida também.
§ Como eu já mencionei, eu não era grande fã do astro. Acho que chorei mais pela emoção (eu gosto muito da american black gospel music, que recheou o funeral). Mas depois, assistindo aos videos do Jackson five e vendo aquele Michael tão pequenininho e lindinho, com aquele brilho nos olhos que as crianças têm, eu fiquei triste, bem triste. Dá pena ver aquela criança inocente e talentosa e pensar no ser bizarro e infeliz no qual ela se transformou. A vontade que eu tenho é de invadir a tela da televisão e tomar o pequeno Michael, e cuidar dele. E deixá-lo ser uma criança.

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