sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Fala mais que homem da cobra

§ Eu escutei essa expressão pouquíssimas vezes na vida. Mas o que me chamou a atenção foram as explicações que deram a elas. Se procurarmos na internet, encontraremos várias. Por exemplo, aqueles indianos que levavam cobras no cesto de cidade em cidade, e quando tocavam suas flautas, elas começam a subir, como que hipnotizadas. A explicação é que esses homens da cobra contavam muitas ladainhas, falavam muito, surgindo então a expressão. Há também a história de que o homem da cobra é o homem da cobrança, que passava de casa em casa falando bastante, a fim de receber os pagamentos.
§ Enfim, a razão desse texto é que eu gostaria de adicionar uma verão para explicar a expressão.
A família do meu pai é de um pequeno povoado chamado (Santo Antônio da) Cobra, situado nos arredores de Parelhas, uma cidadezinha no interior do RN. A Cobra deve ter por volta de 700 habitantes, e se contarmos com os "cobreiros" que não moram lá mais os seus descendentes, deve-se chegar perto de dez mil pessoas. E todo mundo é parente; de primeiro a décimo grau, todos os que são ou descendem da Cobra têm algum grau de parentesco.
§ O povo da Cobra possui características bem peculiares e marcantes. São muito inteligentes, especialmente na área das ciências exatas (eu não herdei essa inteligência...), um pouco doidos (é comum ouvir nas cidades vizinhas que quem é da Cobra ou é doido ou é doutor) e falam MUITO. Mas é muito mesmo. É um povo que não pára de falar. E o mais incrível: falam todos ao mesmo tempo e, apesar disso, conseguem se entender.
§ A expressão do homem da Cobra parece ser bem antiga, talvez de uma época em que o povoado potiguar mencionado nem sonhasse em existir. Mesmo assim, nas poucas vezes que eu ouço alguém citar essa frase, gosto de pensar que ela tem origem nesse lugarzinho que também faz parte das minhas origens. Mesmo assim, discordo da expressão. É impossível alguém falar mais que os homens da Cobra!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Clássicos da sessão da tarde

§ Num momento (há bastante tempo) no qual estava à toa (é assim que se escreve?) decidi fazer um top 10 dos clássicos da sessão da tarde. Quero deixar bem claro que apesar de às vezes parecer bem pessoal, procurei ser o mais imparcial possível, e até incluí um filme que não gosto muito, mas que acho bem “cara de sessão da tarde”.
§ Clássicos da sessão da tarde são aqueles filmes que já passaram um milhão de vezes, e apesar de você ter assistido a quase todas, se não se mata para assistir pela milionésima primeira vez, pelo menos não muda mais de canal quando vê que está passando. A ordem não significa que o segundo é melhor que o décimo, ou vice-versa. É só uma ordenação mesmo, com exceção do primeiro:
§ 1- Os Goonies: Sim, esse é o mais clássico, pra mim o melhor! Não está em primeiro lugar por acaso. Quem nunca sonhou em viver uma aventura como a daqueles meninos? Encontrar um mapa que leva a um tesouro de piratas, fugir de bandidos, conhecer um monstro bonzinho, salvar a cidade de virar um imenso campo de golfe! Sem falar nas artimanhas do Bocão, nas engenhocas do Dado, nas trapalhadas e mentiras do Gordo... Os goonies é um clássico!
§ 2- Mudança de hábito II: O primeiro filme também é muito bom, mas o II é mais “clássico de sessão da tarde”. As velhas piadinhas de adolescentes que não querem nada com nada e depois, com a ajuda da “freirinha” moderníssima [e como num passe de mágica, porque a gente sabe que na vida real as coisas não funcionam assim] se transformam em jovens exemplares, ao som de happy day e joyful joyful, também é demais. Tento assistir toda vez que passa!
§ 3- Esqueceram de mim: E aqui eu incluo o 1 e o 2. Vamos falar a verdade que vários filmes do M. Culkin da época em que ele era o astro-mirim mais queridinho de Hollywood são um clássico. Mas esses dois merecem um tópico. Bem divertidos, acho que toda criança já quis ter aquela família louca e ser esquecida em casa ou em New York [isso eu quero até hoje!] para viver aquelas aventuras.
§ 4- Meu primeiro amor: Ah... outro do M. Culkin que não poderia passar em branco. Um dos filmes mais fofos já produzidos, apesar do final imensamente triste. Aliás, esse fim, apesar de trágico, é um dos mais realistas dos clássicos aqui apresentados. Nos ensinou que a vida nunca vai ser um mar de rosas, e que nós vamos chorar muito ainda. Mas vale a pena. E ainda tem a maravilhosa “my girl” na trilha sonora.
§ 5- Curtindo a vida adoidado: Taí um filme que eu nunca consegui assistir inteirinho, só alguns pedaços. Mas enganar os pais dizendo que está doente, chamar a namorada e o melhor amigo pra matar um dia inteirinho de aula, parar o centro de Chicago cantando Twist and Shout e ainda jogar uma Ferrari pela janela para no fim do dia para tudo isso ter dado certo, merece entrar na lista e dispensa mais comentários!
§ 6- Dirty Dance: Eis o filme que não gosto. Sim, me sinto até mal quando falo pra um zilhão de mulheres que amam esse filme que eu não gosto dele. E não gosto mesmo, acho chatinho demais. Porém como ele alcança bons índices de audiência, causa histeria na mulherada e tem aquela cena clássica do “I’ve had the time of my life” no final [essa parte confesso que gosto], vai entrar na lista.
§ 7- Todos do Indiana Jones: Aqui eu confesso que não fui nem um pouco imparcial. É que eu sempre amei aventuras, e Indiana Jones é um prato cheio! Dedico este espaço então a todos os filmes dele e também àqueles relacionados a aventuras na África em busca de tesouros e civilizações antigas.
§ 8- Uma noite de aventuras: Agora tá bem claro que eu amo aventuras... mas a história de uma babysitter que, acompanhada de 3 garotos que cuidava, parte para socorrer uma amiga que fugiu de casa e está em apuros, quando um pneu do carro estoura e eles são socorridos por um caminhoneiro sem mão que foi traído pela mulher, metem-se num tiroteio, são seqüestrados e perseguidos por bandidos, ficam pendurados num edifício de mais de 100 andares, têm que fugir andando num telhado, são envolvidos em uma luta de gangues dentro do metrô, confundem ratazanas com gatinhos quando perdem os óculos, entram em um bar de blues e: "ninguém passa por aqui sem cantar um blues", também se auto-explica.
§ 9- O enigma da pirâmide e loucuras em plena madruga: Mais uma vez a escolha é bem pessoal. Nenhum dos dois é muito conhecido, mas decidi colocá-los aqui por dois motivos: o primeiro assisti um milhão de vezes quando era pequena, o segundo só assisti uma vez, mas nunca mais esqueci. Que eu lembre, só passou aquela vez mesmo, uma pena...
§ 10- Miscellaneous: Não, isso não é nome de filme. É que decidi mencionar aqui vários filmes que também são clássicos, mas que eu nunca assisti: clube dos cinco, garota de rosa shocking, namorada de aluguel, a lenda de Billie Jean... Fora os que eu já vi mas só lembrei agora: conta comigo, agora e sempre, convenção das bruxas, olha quem está falando...