segunda-feira, 23 de maio de 2011

Clássicos da Sessão da Tarde

§ Acredito que eu nem preciso fazer uma introdução pra esse texto. O título é auto-explicativo: clássicos da sessão da tarde são aqueles filmes que marcaram as tardes à toa da nossa infância/adolescência. Filmes que a gente não se importava em assistir pela milionésima nona vez, porque eram sempre divertidos.

§ A maior parte deles é da década de 1980, alguns da década seguinte se salvaram. Não sei se é coisa de geração, mas desde então poucos filmes mantiveram essas características que só os clássicos têm. Talvez quem seja da 1950 ou 1960 também ache os nossos preferidos idiotas, mas a impressão que dá é que atualmente não se produzem mais tantos bons clássicos da sessão da tarde.

§ Então vamos a eles. Primeiro: não estão por ordem, até porque eu não conseguiria escolher uns como melhores que outros. Segundo: Tem tanto tempo que não assisto a uns, que posso até errar alguns detalhes e esquecer outros que seriam “inesquecíveis” (por exemplo, não lembro agora se a Molly Ringwald ficou com o Alan de two and a half men ou com o bonitão da escola, em a garota de rosa shocking). Vamos relembrar logo os clássicos então:

- Os goonies (1985)
Acho que esse é o único para o qual eu escolheria uma posição, se fizesse um ranking: número 1! É o meu preferido. Que criança nunca sonhou em viver uma aventura como a deles? Tenho 25 anos e continuo sonhando. Tesouro de piratas e mapas, fuga de bandidos, um monstro bonzinho, salvar o bairro de virar um imenso campo de golfe! Sem falar nas artimanhas do Bocão, nas engenhocas do Dado, nas trapalhadas e mentiras do Gordo... Os goonies é um clássico!

- Curtindo a vida adoidado (1986)
Filme dirigido pelo John Hughes, e John Hughes + 1980 já deveria ser sinônimo de clássico. Mas enganar os pais dizendo que está doente, chamar a namorada e o melhor amigo pra matar um dia inteirinho de aula, sair por aí em uma Ferrari vermelha, parar o centro de Chicago cantando Twist and Shout, comer de graça em um dos restaurantes mais luxuosos da cidade, destruir a tal Ferrari pra no fim do dia tudo isso ter dado certo e ter valido a pena?! Precisa dizer mais alguma coisa?

- Clube dos cinco (1985)
Mais uma vez John Hughes + 1980. E não é só isso: 5 adolescentes de grupos bem diferentes (tem o nerd, o bad boy, o atleta, a bonitinha e a estranha) são obrigados a passarem um sábado inteiro na detenção, por motivos diversos. A princípio surgem alguns conflitos entre eles, que depois, acabam dividindo os seus dramas pessoais e descobrindo que tinham muito mais em comum do que pensavam. Não sei em que colocação ficaria, mas com certeza entraria no meu Top Five.

- Gatinhas e gatões (1984)
O título original, sixteen candles, faz alusão ao décimo sexto aniversário da protagonista (vivida por Molly Ringwald), evento que é esquecido por todos da sua família e por sua melhor amiga. Ela também é apaixonada por um menino da escola, que namora uma garota bastante bonita, e passa a ser azucrinada por um cara chato e inconveniente, como se não bastasse. Se a fórmula John Hughes + 1980 é boa, John Hughes + 1980 + Molly Ringwald é melhor ainda!

- A Garota de rosa shocking (1986)
Outra vez John Hughes (aqui como roteirista) + Molly Hingwald. Só por isso eu não precisaria escrever mais nada. A protagonista é pobre e estuda em um colégio de ricos, sendo apaixonada por um dos bonitões da escola. E precisa arranjar um vestido para ir ao baile (que pelo que eu lembre é rosa, mas não shocking). Tem ainda o Alan, de two and a half men, que faz o amigo legal e apaixonado pela menina, mas não consigo lembrar com quem a ruiva termina. Essa cena aqui do "Alan" é bem legal.

- Esqueceram de mim (1990)
Com um roteiro do John Hughes é claro que seria legal. O astro mirim Macaulay Culkin é esquecido em casa no Natal, e sem a supervisão de adultos faz tudo o que nós, quando crianças, adoraríamos ter feito. Ainda arranja tempo pra salvar a sua casa de dois bandidos meio fajutos. E no final percebe que, apesar de ser muito bom acordar a hora que quiser, comer besteiras e ver TV o dia todo, não há nada melhor que ter a família por perto. PS: Assistir a esse filme pela milésima vez foi a melhor coisa do meu Natal do ano passado.

- Minha mãe é uma sereia (1990)
Cher, Winona Ryder antes de ser ladra e Christina Ricci ainda pequenininha. Uma mãe meio louca, uma adolescente problemática e uma menina que treina respiração embaixo d’água na banheira de casa porque quer ser uma grande nadadora. Uma vez li em algum lugar que o legal deste filme é que o drama e a comédia se confundem. E ainda tem essa cena final aqui, que é uma das minhas preferidas.

- Conta comigo (1986)
Uma das maiores provas de que um filme, para ser bom, não precisa de explosões, efeitos especiais e pirotécnicos e orçamento milionário. Basta um bom roteiro. E é isso que nos prende a essa história de 4 adolescentes que saem em busca do corpo de um menino que teria sido atropelado por um trem. Conta comigo é acerca de uma história de amizade.

- Os garotos perdidos (1987)
É o “filme de terror” a que a gente agüentava assistir quando criança. Conta com os Corey Haim e Feldman, que protagonizaram muitos filmes teen da década de 1980. Tá, eu nunca vi crepúsculo pra saber se realmente é bom ou ruim, mas todo vez que vejo esses garotos fazendo alarde por esse filme, eu sinto vontade de pegá-los pelo braço e sacudi-los, dizendo que é assim que se faz um filme sobre vampiros de verdade!

- Admiradora secreta (1985)
Ela é apaixonada pelo amigo e lhe envia uma declaração de amor anônima. Ele pensa ser da garota bonitona e popular da qual é a fim, e aí começam as confusões. Pode até ser meio previsível, mas eu ainda acho mais divertido e legal que muitas comédias atuais.

- Uma noite de aventuras
Uma babysitter, acompanhada de 3 garotos, parte para socorrer uma amiga que fugiu de casa e está em apuros. No meio de tudo isso o pneu do carro estoura e eles são socorridos por um caminhoneiro sem mão que foi traído pela mulher, se metem em um tiroteio, são sequestrados, perseguidos por bandidos, ficam pendurados num edifício de mais de 100 andares, têm que fugir pelo telhado, são envolvidos em uma luta de gangues dentro do metrô, confundem ratazanas com gatinhos quando perdem os óculos, entram em um bar de blues onde escutam: "ninguém passa por aqui sem cantar um blues". Mais nada a declarar.

- De volta para o futuro (1985)
Michael J. Fox e Christopher Lloyd constroem um carro capaz de viajar no tempo, e a partir disso se envolvem (e criam) em diversas confusões. Com a sua “modernidade” marcou a nossa infância, mas às vezes eu me pergunto se ele seria tão legal se fosse produzido hoje...

- Quero ser grande (1988)
Ele tem 12 anos e quer ser adulto. Vai a um parque de diversões e faz o pedido a uma máquina de desejos. No dia seguinte é o Tom Hanks. E tem aquela cena clássica do piano gigante!

- Sem licença para dirigir (1988)
Ele não passou no teste de habilitação, mas para impressionar a garota dos seus sonhos, sai escondido com o carro do pai. Claro que ele não voltaria para casa sem se envolver em situações inusitadas, como a menina bêbada no porta-malas. Não é uma obra-prima, mas é muito divertido quando você está de bobeira em casa.

- Namorada de aluguel (1987)
Ele (o namorado da Meredith de grey’s anatomy) é um nerd que sempre sonhou em ser popular, até que descobre que uma das garotas mais cobiçadas da escola está precisando de dinheiro. Não hesita em emprestar a quantia que ela necessita, mas em troca, combina que a garota finja ser a sua namorada por um mês, a fim de que ele se torne popular. Obviamente no final eles se apaixonam, e se beijam ao som de can’t buy me love (por sinal, o título do filme em inglês), dos Beatles.

- O enigma da pirâmide (1985)
Acho que foi um dos filmes a que mais assisti na infância. Mostra como o Sherlock Holmes e o seu “caro Watson” teriam se conhecido, na adolescência, e o primeiro caso desvendado pelo famoso detetive. Muito legal.

- Loucuras em plena madrugada (1980)
Eu só lembro desse filme ter passado na globo uma vez. Que pena... Não consigo esquecer dessa história divertida de um jogo maluco que faz diferentes grupos de estudantes (azuis eram os trapaceiros, brancos os nerds, vermelhas as feministas, verdes os atletas brutamontes e amarelos os “do bem”) correrem pela cidade em busca de um prêmio.

- Mudança de hábito 2 (1993)
Um dos poucos da década de 1990 que entram nesta lista. O primeiro também é legal, mas o segundo é mais “clássico”, talvez até por ser ambientado em uma escola (característica desses filmes). As velhas piadinhas de adolescentes que não querem nada com nada e depois, com a ajuda da “freirinha” moderníssima, se transformam em jovens exemplares, ao som de happy day e joyful joyful... Tento assistir toda vez que passa!

- Indiana Jones (o primeiro da série é de 1981)
Confesso que não sei mais distinguir um filme do outro, as cenas vêm à minha cabeça misturadas. Mas pra quem gosta de aventuras (e toda criança que ficava à toa em casa vendo a sessão da tarde gostava!) Indiana Jones é um prato cheio! Dedico este espaço então a todos os filmes da série e também àqueles relacionados a aventuras na África em busca de tesouros e civilizações antigas. E aproveito para dizer que até hoje eu sonho em ser uma versão feminida do Indy!

- Te pego lá fora (1987)
Ele acordou atrasado, não tinha roupa limpa para vestir e o pneu do seu carro estava furado. Ainda não eram 8h, horário em que as aulas começariam, quando sua irmã disse sabiamente: “acho que hoje vai ser um daqueles dias”. Às 8:15h Jerry ganhou a implicância do novo aluno da escola, um brutamontes temido por todos por já ter se envolvido em diversas brigas, e foi desafiado para uma luta às 15h. Até lá ele se meteu em várias confusões, tentando evitar a tal briga. Uma frase marcante desse filme é: “a dor é temporária, um filme é para sempre”. Sim, te pego lá fora é pra sempre um filme clássico da sessão da tarde.

- Sociedade dos poetas mortos (1989)
O mais dramático dos clássicos. E com certeza uma obra-prima do cinema. Robin Williams é um professor que quebra os padrões e incentiva os seus alunos a pensar e perseguir seus sonhos. “Seize the day, boys. Make your lives extraordinary”.
§ Eu sei que ainda faltam vários clássicos, mas a memória já começa a falhar. E se eu for mesmo escrever sobre os que eu lembro, e que não estão aqui, acredito que só acabo amanhã à noite. Então se você, que fazendo alguma pesquisa no google, veio parar aqui, sinta-se à vontade para dar a sua opinião e contar quais são os clássicos das tardes da sua vida. :)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

§ Não sei por que motivo eu sempre passei a impressão de ser uma pessoa frágil. Mas depois de alguns acontecimentos todos (inclusive eu!) perceberam que eu era muito mais forte do que aparentava, capaz de viver e passar por coisas que muitos provavelmente não aguentariam.

§ Aí eu me inflei, me inflei e me inflei de orgulho: gritei para os quatro cantos ouvirem que eu era muito forte!

§ Ledo engano... No fim, descobrimo-nos todos errados: eu sou mais fraca do que pensávamos no início. De que adianta ser forte nos momentos difíceis, se os fáceis eu sento, choro e me entrego?