quinta-feira, 14 de maio de 2009

Conte-me logo o fim Garcia Márquez

§ Se tem uma coisa que eu sempre gostei foi saber o fim dos livros, filmes e demais histórias, antes mesmo de chegar ao término deles. Se eu ia assistir a um filme que algum amigo meu tivesse visto antes, ficava louca fazendo mil e uma perguntas sobre como acabava, o que acontecia, que passava a fulano. Com livros então... eu mal tinha terminado o primeiro capítulo e corria à última página para conhecer o desfecho da história. Nesse desespero todo, já consegui ler livros de trás pra frente. Na verdade, li simultaneamente do início até o meio e do fim até o meio.
§ A ansiedade não é um mal exclusivo à minha pessoa, porém essa minha vontade quase sobrenatural de querer saber logo o que vai ocorrer sempre me fez sofrer algumas recriminações... "Você é louca?! Assim não tem graça!". Pra mim tem. Se eu estou no início de um livro e descubro o remate da narração, eu não vou parar de lê-lo. Pelo contrário, a vontade de entender COMO aquilo se desenrolou é que vai me prender à história.
§ E é nessas horas que eu lembro do grande escritor Gabriel Garcia Márquez. Ele tem um pouco disso. Às vezes já começa contando o final. E isso não tira nem um milesimozinho de brilho ou mérito de suas obras, porque o segredo não está no fim, e sim, no decorrer. É o desenvolvimento que nos prende. E o Garcia Márquez sabe disso. Ou talvez, seja como eu.

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